sexta-feira, 8 de junho de 2012

Yamaha XT 660Z Ténéré vs BMW G 650 GS


      De um lado um nome de respeito entre os fãs de off-road. Do outro, o apelo de uma motocicleta que carrega uma marca premium, porém por um preço acessível. Ambas apostando no torque de motores monocilíndricos e na versatilidade ciclística para conquistar o consumidor. Assim pode ser definido o duelo entre a Yamaha XT 660Z Ténéré e a BMW G 650 GS. Para apimentar ainda mais a disputa, as duas têm preços bastante próximos: a lendária Ténéré 660 está cotada a R$ 31.110, enquanto a motocicleta alemã, montada em Manaus (AM), sai por R$ 29.800.
     Apesar da proposta semelhante, há mais diferenças entre elas do que os R$ 1.310. Diferenças importantes que o consumidor deve considerar. A começar pelo uso que fará da moto: será seu veículo de uso diário ou a moto vai ficar reservada para as viagens de fim de semana ou para aquela aventura até a Patagônia com os amigos?
Conforto e versatilidade
      A BMW G 650 GS ganhou novos ares com a reformulação visual do modelo 2012, ficou mais moderna e atraente. Mas por baixo continua exatamente com as características que fizeram dela um sucesso até hoje.
     Na motorização, o mesmo monocilíndrico com 652 cm³ de capacidade. Com comando duplo no cabeçote (DOHC), quatro válvulas e refrigeração líquida, o propulsor produz 50 cv de potência máxima a 6.500 rpm. Mas sua qualidade são os 6,1 kgf.m de torque máximo já a 4.800 rpm. Na parte ciclística, suspensões de longo curso: 170 mm na dianteira com ajuste na précarga e retorno; e 165 mm na balança monoamortecida com ajuste na précarga da mola. Calçada com pneus de uso misto – Metzeler Tourance – seu desempenho no fora de estrada é razoável. Só não é melhor em função da roda de liga leve de 19 polegadas na frente – atrás roda de 17 polegadas.
       Somando essas características à boa posição de pilotagem – ereta, típica das trails – e à generosa espuma do banco, o resultado é uma moto bastante confortável e ainda assim versátil para encarar uma estrada de terra. Mas nada muito radical que arrisque amassar as rodas de liga-leve ou muita lama que vá grudar no pneu.
      Com um consumo que variou entre 19 e 21,5 km/litro, a G 650 GS ainda oferece boa autonomia (tanque com 17 litros de capacidade) e conforto para viagens. Em resumo, a G 650 GS seria a opção ideal para o motociclista que quer uma trail para rodar no dia-a-dia e também para uma viagem (um pouco) aventureira.
     Sem falar na sua desenvoltura para rodar no trânsito urbano. Mesmo com seu guidão largo, a BMW G 650 GS “costura” com facilidade os carros engarrafados nas ruas e avenidas da capital paulista. Para tanto, o piloto conta com o auxílio do banco a apenas 78 cm do solo, permitindo que um piloto de estatura média (1,71 m) apóie os pés no chão com facilidade.
Robustez no off-road

      A Yamaha XT 660Z Ténéré, mostrada no Salão Duas Rodas 2011, em outubro passado, ainda carrega ares de novidade. Em nossa viagem com as duas motocicletas pelo interior de São Paulo – mesclando rodovias, estradas sinuosas e caminhos de terra – não era raro encontrar alguém que perguntasse qual moto era aquela. Imponente com seu tanque de 23 litros e o pequeno para brisa, a Ténéré 660 transpira o espírito aventureiro, reforçado pelos protetores de mão e de motor em alumínio (ambos opcionais e montados na unidade testada). Dotada de uma roda de 21 polegadas na dianteira e suspensões com cursos bem longos - garfo telescópico convencional com 210 mm de curso, na frente, e balança em alumínio monoamortecida com curso de 200 mm, ajustável em cinco posições, atrás – a Ténéré parece pronta a encarar qualquer tipo de estrada. E está mesmo.
     A Ténéré 660 compartilha o mesmo motor da XT 660R. O monocilíndrico equipado com sistema de injeção eletrônica e arrefecimento líquido produz 48 cv de potência máxima a 6000 rpm e torque máximo de 5,95 kgf.m a 5.500 rpm. Mas na Ténéré, foi otimizado para garantir mais torque em médias rotações, o que favorece ainda mais a tocada off-road. Outro detalhe faz toda a diferença: as pedaleiras mais largas da Yamaha Ténéré 600 são ideais para se pilotar em pé, facilitando e muito acelerar na terra.
Desempenho no asfalto

       Outra situação em que a G 650 GS se sai melhor é no trânsito urbano. Mais baixa e leve (10 kg a menos do que a Ténéré), além de ter um motor de comportamento mais suave, o piloto sente mais segurança para trafegar entre os carros. Já a Ténéré é mais bruta, tem uma arrancada mais forte e pilotá-la na cidade exige mais do piloto. Além disso, a Ténéré é mais “beberrona”: fez entre 18 e 20 km/litro.


        Outro ponto positivo fica por conta dos freios ABS – podem ser desligados no off-road – que são item de série na 650cc da BMW. Em frenagens de emergência funcionam muito bem. Já a Yamaha não oferece o sistema anti-travamento no Brasil, porém o freio de disco duplo na dianteira que equipa a 660Z são excelentes e também param os 186 kg a seco com segurança.
Para usos distintos

      Embora os dois modelos comparados sejam versáteis, ou seja, vão bem em variadas situações, o que deve nortear a escolha final é realmente o uso que se dará a cada uma delas.
       Respondendo à pergunta inicial, se você procura uma moto para uso diário e também para viagens sem muita aventura, a BMW G 650 GS é uma boa opção. Mas se no seu caso o uso for principalmente para aventuras com uma boa dose de terra no caminho, a Yamaha XT 660Z Ténéré foi feita para você – ou ainda a G 650 GS Sertão.
      Claro que você pode ignorar todas essas considerações e optar pela que mais lhe agrade. Quem sempre sonhou em ter uma BMW não terá grandes problemas para encarar uma estrada de terra, assim como os fãs do nome Ténéré acharão bastante divertido rodar na cidade com essa nova versão XT 660Z.
G 650 GS Sertão: mais off-road

      Caso você se enquadre no perfil de consumidor que quer uma moto mais aventureira e é fã da BMW, pode optar pela recém-lançada G 650 GS Sertão. Com preço sugerido de R$ 32.800, a “Sertão” tem outro conjunto de suspensões com curso mais longo. O garfo telescópico dianteiro tem 210 mm de curso e trabalha em conjunto com o braço oscilante traseiro de mesmo curso, que conta com amortecedor a gás. Estas especificações somadas às rodas raiadas de 21 polegadas na frente (na standard na frente a roda tem 19 polegadas e é de liga leve) e 17 atrás credenciam a moto para enfrentar qualquer irregularidade existente no caminho de terra.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A FERRARI DE US$ 35 milhões...



Comprar uma Ferrari é para poucos. Uma Ferrari Clássica e fora de série é para raros. Um modelo construído para o lendário Stirling Moss é só para quem tem US$ 35 milhões sobrando na conta. Foi por esta quantia recorde que a Ferrari 250 GTO 1962 foi para as mãos de um colecionador americano.

A quantia, suficiente para levar uma dúzia de Ferrari 458 Italia para casa, é a mais alta já paga por um carro da marca italiana. Só que como a venda foi feita em particular, e não em leilões, a transação não vale, digamos, oficialmente.

Com isso, o título de Ferrari mais cara já vendida continua com a Ferrari 250 Testa Rossa 1957, que alcançou US$ 16,4 milhões em 2011. O recorde anterior ao da Testa Rossa pertencia a outra Ferrari 250 GTO 1962, vendida por 15,7 milhões de libras em 2008 no Reino Unido.

A 250 GTO 1962 de US$ 35 milhões só teve 39 exemplares construídos entre 1962 e 1964. O carro foi vendido para Craig McCaw, um colecionador de carros dos EUA. O antigo dono da preciosidade era o empresário Eric Heerema, um holandês que mora na Inglaterra.